Bibi Ferreira - Canta e Encanta
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Bibi
começou com seu pai, em 1941, em temporada
no Rio de Janeiro. Seu sucesso com o público
foi imediato. Em 42 fez temporada em São
Paulo. Em 43, a primeira tournée de Bibi,
pelo sul do país e interior de São
Paulo. Também em 43 escreveu
seu primeiro texto - BENDITO ENTRE AS MULHERES -
especialmente para o pai.
Em 44, mais uma vez pelo incentivo do pai, Bibi
abre sua própria Companhia. Com
um repertório de grandes comédias,
Bibi - de 41 a 45 - apresenta mais de vinte espetáculos,
deixando desde cedo sua marca. São apresentações
sempre
destacadas pela crítica e com muito sucesso
junto ao público.
Em
46, participa do elenco do filme THE END OF RIVER,
em Londres. Aproveita
o momento para estudar interpretação
e direção na Academia Real de Artes.
Retorna em 48, estreando como diretora com DIVÓRCIO,
dirigindo o pai.
Também volta aos palcos como atriz, com inúmeros
sucessos, sendo suas
prediletas O NOVIÇO, onde interpretava um
papel masculino, e A PEQUENA
CATARINA, criando uma personagem que até
hoje gosta de fazer brincando
com os amigos. Não podemos esquecer de SENHORA,
de José de Alencar,
adaptado para o teatro pela própria Bibi,
que viajou por todo o Brasil com
mais de trinta artistas e um cenário feito
por sete palcos giratórios.
Em 1950, começa sua vontade de também
cantar e produz o espetáculo de
teatro de revista ESCÂNDALOS 1950. Seguiu
com o sucesso ESCÂNDALOS 1951.
De 52 a 55 volta para a comédia, e mais uma
vez apresenta interpretações inesquecíveis,
entre outras, A HERDEIRA, MADAME BOVARY E DIABINHO
DE SAIAS.
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Em 1956, Bibi vai para Portugal. Após apresentar
sua temporada de comédias,
é convidada a integrar o elenco da maior
companhia de revistas de Lisboa. Bibi
fica até 1960 em Portugal, quando recebe
o convite para fazer um programa para
a TV Excelsior que preparava sua programação
de estréia, inaugurando
o canal; com o programa BRASIL 60,
líder de audiência, que repete o sucesso
com BRASIL 61 e BRASIL 62. Sem agenda para os palcos,
leva o teatro para a TV
e lança o Tele-teatro. Por lá passaram
muitos nomes como Sérgio Cardoso,
Dulcina de Moraes, Tonia Carrero,
Tarcísio Meira, Francisco Cuoco e
Armando Bógus. Em matéria publicada
no jornal O Estado de São Paulo, em comemoração
aos 50 anos da televisão
no Brasil, é citado o fato de que a fórmula
criada por Bibi para os seus programas, sustentada
com sucesso até os dias de hoje, viria a
se tornar a identidade da própria TV Excelsior.
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Fora dos palcos brasileiros desde 55, Bibi volta
a atuar no teatro em 62 e a partir
de então seus espetáculos marcaram
a história do nosso teatro. "Bibi você
trará
a comédia musical americana para o Brasil".
Foi mais ou menos este o convite
que Bibi recebeu e que resultou na estréia
do grande sucesso MY FAIR LADY.
Foi uma nova época do nosso teatro. O sucesso
foi absoluto até 64.
Em 65,
estreou ALÔ DOLLY, outro retumbante sucesso.
Os convites não a deixam
ficar fora da TV e Bibi volta com BRASIL 64. Em
65 estréia BIBI SEMPRE
AOS DOMINGOS, um programa ao vivo com oito horas
de duração, BIBI
ESPECIAL, BIBI AO VIVO, e como sempre, TELE-TEATRO.
Em 66 e 68,
a convite
da Metro Goldwyn Meyer vai a Londres e Roma entrevistar
grandes estrelas internacionais como Omar Shariff,
Terence Stamp, Alan Bates, Anthony Quinn,
Vitório de Sica, Anouk Aimée e Peter
Ustinov. Esse sucesso segue até 72,
quando faz a primeira transmissão ao vivo
do Oscar.
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Em
71 recebe o prêmio do Grande Festival Internacional
da Cultura, sediado em Tóquio, pelo programa
de alfabetização que fez pela TV Tupi,
alfabetizando mais de trinta mil
pessoas em quatro meses. Os anos
70 também marcaram a vida de Bibi como diretora
de shows musicais. O primeiro foi com Maria Bethânia
e Ítalo Rossi, BRASILEIRO, PROFISSÃO
ESPERANÇA, de Paulo Pontes. Em
71 dirige Elizeth Cardoso no show
ELIZETH. Em 73, ELIZETH BADEN, de Paulo Pontes,
Flávio Rangel e Sérgio Cabral. Somente
em 73 volta aos
palcos, para mais uma vez marcar a nossa história
com O HOMEM DE LA MANCHA, ao lado de Paulo Autran
e Grande Otelo, inaugurando o teatro Bloch. São
três anos de enorme
sucesso . Bibi foi a única atriz no
mundo a protagonizar essas três comédias
musicais americanas, montadas em todo o mundo com
grandes nomes no elenco.
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Remonta
BRASILEIRO, PROFISSÃO ESPERANÇA, em
74, com Clara Nunes e Paulo Gracindo. Sucesso total
na temporada recorde de quase um ano no Canecão.
No final de 75, Bibi traz à cena GOTA D'ÁGUA,
que dispensa qualquer comentário.
O nosso teatro é um antes e outro depois.
A versão brasileira de MEDÉIA, com
texto de Paulo Pontes e músicas de Chico
Buarque, sob direção de Gianni Ratto.
Em 77 dirige Elizeth Cardoso em BANDEIRA BRANCA.
Volta para a TV, agora na
Rede Globo, com os programas BRASIL 78 e BRASIL
79.
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Em 80, atendendo a inúmeros pedidos
de vários lugares do país, remonta
GOTA D'ÁGUA e viaja por todo o Brasil. Suas
direções seguiram , entre outras,
Clara Nunes em CLARA MESTIÇA, em 81; em 82,
Maria Bethânia em NOSSOS MOMENTOS; e TOALHAS
QUENTES.
Somente em 83 é que Bibi achou
um novo desafio como atriz: PIAF,
A VIDA DE UMA ESTRELA DA CANÇÃO, grande
musical, recordista de público
em inúmeras cidades. Em 85 volta a dirigir
Maria Bethânia em 20 ANOS DE PAIXÃO.
A temporada de Piaf foi até
88, quando Bibi volta mais uma vez
para Lisboa, montando o espetáculo
com elenco português, ficando em
cartaz com total sucesso por seis
meses no Cassino Estoril. Ao vê-la, Amália
Rodriges mostrou desejo que
Bibi interpretasse sua vida.
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No
final de 89 retorna ao Brasil, dando início
ao projeto de comemoração de
seus 50 anos de carreira. Acompanhada pela Orquestra
Sinfônica e Coral Lírico
do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em abrilde
91, estréia BIBI IN CONCERT. Comemorar 50
anos de carreira cantando. Das brincadeiras de cantar
as várias
das óperas com letras de poetas brasileiros
a Piaf, um passeio pela sua vida.
Sucesso absoluto, apresentado como especial de fim
de ano da Rede Globo em
92. Viajou por muitos lugares, trabalhando com sinfônicas
em todo o país. A
receita se repetiu - orquestra e coral - estreando
em 94 o BIBI IN CONCERT II,
THE ENTERTAINER. Em 95, remonta o concerto BIBI
CANTA E CONTA PIAF, criado
em 92 para reinauguração da Praça
Paris, no centro do Rio de Janeiro. Faz
tournée pelo país até 97, quando
remonta no início de 98, BRASILEIRO
PROFISSÃO ESPERANÇA, como atriz e
diretora, ao lado de Gracindo Júnior,
viajando por todo o país.
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Em
99, Bibi faz novamente BIBI CANTA E CONTA PIAF em
tournée pelo país. Em 2000, Bibi volta
à Europa, se apresentando em
Lisboa e Paris, no Theatro Dezajet. Acompanhada
em muitas canções pelo público
francês - maioria absoluta na platéia
-
Bibi recebeu grandes elogios, entre outros de Michel
Rivegauche,
um dos compositores prediletos de Piaf, sendo seus
os sucessos
La Ville Inconue e La Foule, e Pierre Ribert, proprietário
das
Edições Metropolitanas, editor das
músicas de Piaf. Os músicos foram
carinhosamente chamados de pequena orquestra . Quanto
à Bibi: "Bibi você não
imita a Piaf. Você é uma grande intérprete",
assim finaliza uma carta assinada pelos dois, que
foi entregue no
dia seguinte no hotel, acompanhado de algumas fitas
e partituras, com o último repertório
selecionado por Piaf, que acabou não gravando.
Neste ano, completa seus 60 anos de carreira, trazendo
à cena o espetáculo BIBI VIVE AMÁLIA,
que hoje apresentamos e que levaremos em tournée
por todo o país e para o exterior. Para Bibi,
o palco é um lugar muito especial, e como
sempre diz, é
através de sua comunhão com a platéia
que se encontra com
Deus. Mas sejam 79, 76, 72, 65 ou 60 anos de carreira,
do que se trata é de uma vida inteira dedicada
aos palcos.
BIBI, VIVA VOCÊ!
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