Adriana Lessa, atriz global
"A Deusa da novela O Clone"

ESPECIAL PARA NIVALDO NARÃ ON-LINE


Adriana Lessa do signo de aquário (01/02), olhos castanho-escuro, altura 1.74, 58quilos, paulista de nascimento. Na adolecência foi office-girl, auxiliar de escritório de uma empresa de artefatos plásticos, atleta jogando vôlei em Guarulhos- cidade em que foi criada e no Corinthians.

P: Quando iniciou sua carreira de atriz?
R: Em 1986 sob direção de Antunes Filho.

Na televisão participou das séries "Comédia da Vida Privada" e "Chiquinha Gonzaga" na Globo, nas novelas "O Desafio de Elias" e "Alma de Pedra" na Record. Foi a segunda DJ negra da MTV. Apresentadora da Bandeirantes e Telecurso 2000- no curso de Educação Artística.

P: Qual é sua religião?
R: Sou evangélica
P: O que você mais quer?
R: O que mais quero é ser feliz
P: Quantos paises você conheceu trabalhando?
R: Tem que fazer conta
França, Espanha, Canadá, Áustria, Alemanha, Grécia, Japão, Israel, Porto Rico, Costa do Marfim, Trinidad Tobago, Curaçao, Aruba, África, Angola.
P: Em quantos viveu?
R: Em todos, eu vivi períodos de três, sete, oito meses
P: Foi depois da novela "O Clone" que você passou a ser notada pelos fotógrafos?
R: Não sei se depois da novela O Clone, porque alguns após o resultado do trabalho em Terra Nostra, começaram a prestar mais atenção. O Clone com certeza deu uma visibilidade maior pro meu trabalho.
P: Você é mesmo uma pessoa reservada?
R: Sou uma pessoa que gosta muito de falar sobre trabalho.
P: Reservada ou regrada?
R: Não tenho regras absolutas, obtusas, sou uma pessoa discreta, respeito muito o próximo, e com isso espero sempre que me respeitem. A abertura que dou nesta história toda... dou meu trabalho ao trabalho, e respeito é bom todo mundo gosta.
P: Quando você se transforma?
R: Não que eu me transforme, eu apresento o que deve ser apresentado através do meu trabalho pras pessoas.
P: Você vive mais o trabalho?
R: Eu vivo também a própria vida, mas o que vou acumulando fazendo na vida, as observações que vou fazendo, eu ponho no meu tubo de ensaio, e eu tenho ai recurso para representar a condição humana. Como artista isso me encanta muito.
P: Você vai desfilar em alguma escola de samba?
R: Não, nem como a Deusa. A Deusa foi rainha de bateria! Poderia ter sido... Ela era rainha da Estudantina.
P: Você conviveu bem com a Estudantina?
R: Sim
P: A Estudantina foi bem prestigiada com a novela. Você tem alguma coisa para acrescentar?
R: Este é o universo da Glória Perez, ela que conduziu e convidou a filha Daniella para dança de salão. Ela aprendeu a dançar onde a filha conheceu seu marido que era o Raul Garzolla. Então todas as novelas que ela faz sempre tem a dança: dança cigana, dança espanhola; dança é muito importante na vida dela, é como ela se expressa . Em cada personagem ali do Clone tem um pedacinho da vida de Glória Perez, e a Deusa era muito importante pra isso. A dor que ela sentia pela perda do filho também se traduziu um pouco com Glória Perez. Então eu disse para ela que eu me dedicaria novamente e ainda muito mais. Sempre tem que fazer tudo com excelência pra poder representar aquilo que ela criou naquele universo da dança, que muitas vezes até em outros lugares não tem tanta oportunidade de se falar a respeito e na televisão a gente teve esse momento, e eu acredito que tenha expressado adequadamente.
P: A Estudantina tem mesmo aquele clima passado na novela?
R: Tem! Tem, existe o estatuto da Gafieira que é interessante que siga-se. O homem conduz a dama, a dama existe, o cavalheiro existe.
P: Você tem declarado que a dança entrou por acaso em sua vida. Ela faz parte do seu eu ou do trabalho?
R: Faz parte do meu trabalho, as pessoas até hoje perguntam se era duble que estava lá na novela. Ai eu digo, espero que tenha uma cena ainda mais intensa pra eu poder me aprimorar e aperfeiçoar mais pra passar minhas emoções na dança. O corpo fala e eu venho fazendo trabalho de teatro e dança já desde 1991 com José Possi Neto, depois trabalhei com Ana Mondini que hoje é diretora do Ballet Stuttgart. Esse processo vem acontecendo... ai, fazendo teatros musicais eu não fiz apresentações de ballet clássico, era já teatro, peças contemporâneas. Só que a televisão te possibilita uma visibilidade maior ao mesmo tempo pro grande publico, diferente do teatro. Tanto que as pessoas ainda não sabem muita coisa do trabalho que eu tenho feito.






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