Joinville
recebeu pela segunda vez uma das companhias de danças mais bem-sucedidas
do mundo. O Balé Real da Dinamarca, que no mês de julho
de 2005 fez apresentações no Brasil nas cidades de Florianópolis,
Blumenau, Joinville, Joaçaba, Porto Alegre e São Paulo. Esta turnê
contemplou obras clássicas - "Napoli 3° Ato, de August Bournonville
e música de H. S. Pauli - e contemporâneas - "A Pequena Vendedora
de Fósforos", coreografada por Louise Midjord.
Entre as estrelas, Nikolaj Hübbe, integrante do corpo do New York City Ballet
dividiu a cena com mais 21 renomados bailarinos. "Numa oportunidade impar
para o público brasileiro presenciar o talento de um dos Balés mais
importantes da atualidade. O Balé Real da Dinamarca tem sua história
associada à do coreógrafo August Bournonville (1805 - 1877). Filho
do bailarino francês Antoine Bournonville, que emigrou para Copenhague em
1792, ele reorganizou todo o sistema educacional da dança local. Comandou
a escola e a companhia por quase 50 anos. E, dos 50 Balés que montou, cerca
de dez se mantêm como eixo da companhia ainda hoje. O Balé Real da
Dinamarca é uma das mais antigas companhias de dança, com 248 anos.
No Teatro Real de Copenhague onde funciona a companhia, trabalham 850 funcionários,
dos quais 98 são bailarinos. O grupo é inteiramente patrocinado
pelo Estado Dinamarquês, e realiza cerca de 110 apresentações
por ano. "Mais de 200 crianças se apresentam para o concurso anual
que seleciona alunos para sua escola, apenas dez à 15 delas são
selecionadas e no máximo duas, depois de formadas, chegarão a entrar
para a companhia oficial, explica Peter Bo Bendixen - bailarino principal
responsável pela escolha do elenco. Lá, a carreira de bailarino
segue a da Ópera de Paris, oferecendo contratos que prevêem a aposentadoria
aos 40 anos. Em sua última apresentação no Brasil, o Balé
Real da Dinamarca realizou um workshop com crianças estudantes do Balé
Bolshoi, em Joinville-SC. |